O Natal é sempre uma época de reflexão, chegamos àquela altura do ano em que o fim do mesmo se aproxima e começamos a ver o que se passou (como nos telejornais e os seus resumos das notícias marcantes).
Pensamos no que fizemos, no que estamos a fazer mas sobretudo no que queríamos ter feito. Ano após ano, é sempre igual. E durante um mês pensamos no que queremos mudar, no que queremos fazer ou ser para que uma semana após o Natal possamos estar todos a repetir a frase da praxe: "Ano novo, Vida nova!".
A realidade é que o dizemos todos os anos. E o que é que muda???
Mas este ano o Natal vai ter menos luz.
Anda tudo deprimido a pensar na falta de dinheiro, na crise, no Orçamento, nos consequentes cortes salariais, enfim ...
Apesar de sempre termos vivido com a crise pode-se dizer que ela agora é da família, já a tratamos por tu.
Contudo, será que vai ser um Natal diferente?Não!
E por quê?Porque nunca é diferente, é sempre "mais do mesmo". As mesmas conversas; as mesmas prendas; os mesmos desejos; as mesmas mensagens; os mesmos pedidos ao Pai Natal; as mesmas comidas; os mesmos "Best Of's"; as mesmas notícias, os mesmos enfeites a cobrir o espírito que - esse sim - já não é o mesmo.
Por muito que a Ciência evolua as dúvidas sobre o mundo e a nossa existência permanecerão. Quem somos?; Como viemos aqui parar?; Para onde vamos? Como? E quando?; Como surgiu o universo?, etc.Muito já sabemos hoje apesar das discórdias entre a Ciência e a Religião. Cada um acredita no que quer. Porém não há ninguém que não pare para pensar no futuro do Mundo, na influência das questões ambientais, nomeadamente o Aquecimento global. Uns dizem que o Mundo nunca acabará, outros dizem que acaba e é já em 2012, enfim ...
Agora quem faz uma nova previsão são astrofísicos norte-americanos e japoneses que afirmam que "o Universo pode desaparecer nos próximos 3,7 mil milhões de anos". "De acordo com os cientistas, certos métodos e hipóteses utilizados por estes para calcular as probabilidades de um universo de expansão infinita levam à conclusão de que o tempo terá um fim." Acrescentando ainda que "não existem certezas de que o tempo terá um fim, mas não podem “excluir a possibilidade de que isso ocorra".
Mais uma vez ficamos a pensar no nosso futuro, claro que - à partida - nós que estamos cá agora não nos preocupamos o suficiente porque achamos que falta muito e dizemos sempre: "Nesse altura já não estou cá!".
Por isso vamos continuar a ler estas notícias como banalidades e esquecendo que parte do mundo está nas nossas mãos.
Até já!